Foi assim com a adopção do Bailey. Ainda agora tinha chegado ao nosso meio e já nos íamos separar. Tudo por causa da há muito planeada viagem à Escócia.
Era um sonho prestes a ser realidade. Mas havia o 4° elemento, que não era um impecilho, muito pelo contrário, mas obrigava a um planeamento cuidado.
Comecei por procurar um hotel para cães onde ele pudesse ficar durante a nossa estadia, mas por ainda não ter todo o plano de vacinação isso não era possível. Até que um casal amigo, sabendo da nossa situação, ofereceu-se sem hesitar, para hospedar o amigo de 4 patas. De início não achamos boa ideia, ia ser um trabalho extra para alguém que já tinha uma vida muito ocupada, ainda por cima num período em que o sujeito exige mais atenção. Mas eles insistiram e lá foi ele de férias para Alenquer. Um viajado o moço, ainda agora tinha nascido e já tinha passado por Pombal, Prior Velho e Alenquer.
Assim, lá partimos nós, com o objectivo bem traçado da realização de um sonho de menino que era conhecer o país do clã MCLeod e onde as saias eram mais do que um símbolo feminino.
Seguimos numa terça de manhã de Lisboa para Edimburgo, onde chegamos ao início da tarde.
A cidade era muito simples de percorrer a pé com as principais atrações bem perto umas das outras. É uma cidade com muita história da qual fazem parte o Castelo, a Royal Mile, a Princess street e a imponente vista da Calton Hill.
Ali dormimos a primeira noite, sendo que foi no dia seguinte que arrancamos para a parte mais épica desta viagem, o roteiro pelas Highlands. Antes disso uma incursão a Stirling, onde visitamos o monumento de homenagem a William Wallace, um dos principais líderes na luta pela independência da Escócia.
Vale bem a pena a visita, quer pela envolvência, quer pela história.
De seguida, agora sim, em direcção às Highlands. Ali encontramos o estreito de Glencoe onde o mais exuberante dos seres humanos se deve sentir pequenino, pequenino!
Essa vista e a chegada ao B&B onde íamos dormir marcou aquele dia. Era deslumbrante a natureza que rodeava o nosso quarto, com um lago que servia de espelho às montanhas que rodeavam as suas margens e que entrava pela janela do nosso quarto a dentro. Já agora, o nome do B&B é Campfield House e ficava à entrada de Fort William.
No terceiro dia e com o pequeno almoço tomado fomos até ao parque de Glen Nevis onde voltamos a perder o fôlego com a natureza em estado bruto que marcava toda a paisagem. Chegou a ser cenário do filme Braveheart onde se construiu uma aldeia à época, de raiz. Essa aldeia já não existe, mas o cenário envolvente responde bem à questão sobre o porquê na escolha daquele local. Riachos, serra, verde e um silêncio ensordecedor só interrompido pelo vento que soprava e de um carro que de quando em vez tentava estragar aquele momento mas sem sucesso.
De seguida seguimos em direção a Mallaig no rasto da linha férrea do famoso Jacobite, o comboio a vapor que transportava os aprendizes de mágicos no filme Harry Potter.
Pelo meio chegámos a Glenfinnan, uma pequena localidade com uma vista de cortar a respiração para mais um dos lagos que acompanham todo este percurso. De um lado a água, do outro o viaduto de Glenfinnan onde circula o dito comboio e que apareceu no mesmo filme. Visita obrigatória!
Aliás toda a viagem é embelezada com cenários usados pelos melhores produtores cinematográficos.
Mas a nossa road trip não se ficou por aqui.
Muito em breve partilharei convosco o resto da minha viagem de sonho. Até lá sonhem também. Boas viagens!
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